PATRÍCIA BASTOS É O AMAPÁ NO 21º PRÊMIO DA MÚSICA BRASILEIRA


Voz de anjo, de ave cantadeira dos mistérios da floresta. Voz de cantora afinada desde menina nas rodas de viola da cidade onde nasceu, Macapá, mergulhada na musicalidade que vem do colo da família Bastos. Mãe, pai, irmãos, DNA de alma desenhada em notas musicais. Ela merece! Patrícia Bastos chegou lá no 21º Prêmio da Música Brasileira, indicada para concorrer como Melhor Cantora em duas categorias: Regional e Voto Popular.

As indicações são frutos de seu último trabalho, “Eu sou caboca”, um mergulho nos ritmos e na poesia amazônica, com marcante presença do Marabaixo e do Batuque, sonoridades incidentes na cultura popular do Amapá. É o quarto álbum independente da cantora, trabalho selecionado pelo crivo rigoroso do Projeto Pixinguinha da Funarte em 2009. Um álbum que conseguiu mesclar a atmosfera regional com a participação de artistas consagrados na MPB como Leci Brandão, Rosinha de Valença, Zeca Baleiro, Rafael Altério, Dante Ozzetti, Vicente Barreto, Celso Viáfora e Vítor Ramil.

A riqueza musical da Amazônia vem de todos os cantos na voz irretocável de Patrícia. “Eu sou caboca” traz composições de Joãozinho Gomes, Nilson Chaves, Thiago de Melo, Neuber Uchôa, Felipe Cordeiro e Jorge Andrade. Tem arranjos de Dante Ozzetti, Adelbert Carneiro e Aluisio Laurindo Jr. Tesouro de talentos de Norte a Sul do Brasil revelando o jeito de viver das terras tucuju. O resultado não poderia ser outro, a cantora amapaense concorre com nomes como Elba Ramalho, Maria Bethânia, Nana Caymmi, Roberta Sá, Zélia Duncan, entre outras.

O Prêmio

Idealizado pelo empresário e produtor cultural José Maurício Machline, em 1987 nascia o Prêmio Sharp de Música, naquele ano homenageando o poeta Vinícius de Moraes, realizado por doze anos consecutivos. Com o mesmo formato, em 2001 surge o Prêmio Caras de Música, homenageando Gal Costa, que durou só um ano. De 2003 a 2008 a empresa TIM assumiu a premiação com grande sucesso. A partir de 2009 a mineradora Vale identifica a premiação como Prêmio da Música Brasileira, resgatando a cronologia e o histórico do evento mais importante da Música Popular Brasileira. Os produtores Clícia Vieira e Cláudio Silva, da Bacabeira Produções, atentos à riqueza musical de “Eu Sou Caboca”, inscreveram o disco para concorrer à premiação.

Este ano a festa de cantores, compositores, músicos, arranjadores, produtores a apaixonados pela MPB vai acontecer no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, na noite de 11 de agosto, com referência especial à sambista carioca Dona Ivone Lara. Patrícia Bastos estará lá, entre as estrelas da MPB, vivendo um momento ímpar para a sua carreira. Na categoria Melhor Cantora pelo voto popular os fãs poderão participar votando através do site http://www.premiodemusica.com.br/votopopular/voto.php?sexo=F

Notícia nacional

Recentemente Patrícia Bastos foi notícia em um dos jornais de maior circulação no país, O Estado de São Paulo. O articulista Lauro Lisboa Garcia define: “O canto de Patricia Bastos, originário da tribo tucuju, é como um chamado cativante da natureza, da mais plácida paisagem. De voz cristalina, lapidada e envolvente, a cantora do Amapá lança seu quarto álbum, Eu Sou Caboca”. Quanto ao CD “Eu sou caboca”, o texto reconhece que o trabalho “une o ancestral e o contemporâneo, sem folclorismos nem verniz modernoso”, e assina em baixo do nome de Patrícia, “Merece ser (re) conhecida”.

Pé na estrada

Em parceria com Joãozinho Gomes e Enrico Di Miceli, a cantora compõe atualmente o show “Timbres e Temperos”, que contempla os dois trabalhos selecionados pelo projeto Pixinguinha em 2009, “Eu sou caboca”, de Patrícia e “Amazônica elegância”, dos dois compositores. A turnê faz parte do projeto Sesc Amazônia das Artes e já percorreu estados como Pará, Maranhão, Amazonas e Tocantins. Nos próximos meses os artistas se apresentarão no Piauí e no Acre.

Patrícia Bastos também estará no Festival de Inverno de Garanhuns, em Pernambuco, dia 24 de julho, como convidada. Fará o show “Eu sou caboca”, levando como participações especiais Joãozinho Gomes e Enrico Di Miceli. O Festival está na sua 20ª edição e compõe um cenário multicultural numa das cidades mais belas do Nordeste.

Texto: Márcia Corrêa

Serviço: Assessoria de Comunicação/Bacabeira Produções

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