Laranjal do Jari: beleza natural e o descaso do poder público.





Depois de quase 2 anos sem dá uma volta por lá, estive este final de semana de volta a cidade de Laranjal do Jari fazendo parte da Caravana do Deputado Joel Banha.

Pelo visto não mudou quase nada, praticamente uma cidade esquecida pelo poder público municipal e estadual, mais bela por natureza e de paisagens exuberantes com uma viagem que pra muitos é cansativa, mas para mim é um passeio pelas maravilhas do Amapá, vários rios, matas virgens e uma fauna gigantesca.

Laranjal do Jari é o terceiro maior município do Amapá com um povo trabalhador, e uma cidade festeira bastante receptiva.

A região que hoje corresponde ao Vale do Jari foi habitada, primeiramente por indígenas waianos e apalais e, mais tarde por nordestinos que vieram trabalhar na extração da borracha.

Suas origens remontam à época de colonização do Rio Jari, recebendo ainda influências mais recentes da implantação do Projeto Jari Florestal, em 1967 idealizado pelo milionário norte americano Daniel Keith Ludwig, que pretendia substituir a floresta nativa por uma plantação homogênea para a fabricação de celulose, matéria-prima do papel, também pretendia torna-se o maior produtor mundial de carne bovina, suína e arroz. Infelizmente o município de Laranjal do Jari representou e representa um imenso contraste entre a planejada e estruturada cidade de Monte Dourado, que foi construída seguindo o modelo de classe média norte americano de habitação e Laranjal do Jari, constituída à margem esquerda do Rio Jari (Rio da Castanha) sobre palafitas.

O município foi criado em 17 de dezembro de 1987. Sua população tem crescido muito nos últimos anos o município passou a integrar cerca de 90% de sua extensão territorial dentro da área de proteção ambiental (APA), onde se encontra o Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque.


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